Lidar com a inadimplência em pequenas empresas é mais do que um desafio: é uma questão de sobrevivência.

Ao contrário das empresas maiores, o impacto das vendas não recebidas pode ser fatal para as MPMEs, principalmente em períodos de crise.

Hoje, com níveis recordes de consumidores endividados, você precisa se planejar para evitar prejuízos e melhorar seu sistema de cobrança.

Neste artigo, você vai entender quais os riscos dos devedores e como se preparar para recuperar seu crédito quando for preciso.

Siga a leitura e blinde seu negócio contra a inadimplência. 

Perigos da inadimplência para pequenas empresas

A inadimplência em pequenas empresas é uma ameaça constante e merece sua atenção, principalmente em cenários de crise e instabilidade econômica.

De acordo com o Serasa Experian, o Brasil bateu seu recorde histórico de devedores em abril de 2019: 63 milhões de consumidores negativados. 

Basicamente, 40,3% da população adulta do país está com as dívidas atrasadas e o famoso “nome sujo na praça”. 

De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, as principais causas desse cenário são o aumento do desemprego e repique da inflação nos primeiros meses, que afetaram seriamente a renda do consumidor.

Com o clima de recessão no país, os pequenos empreendedores devem redobrar seus cuidados, pois o “calote” custa muito mais caro para as MPMEs. 

Entenda quais são os principais perigos:  

Rombo no fluxo de caixa

Em uma empresa grande, a taxa de inadimplência pode gerar prejuízos, mas não chega a afetar a capacidade de pagamento do negócio.

Já nas pequenas empresas, uma venda não recebida pode gerar um rombo no fluxo de caixa e esgotar o capital de giro.

Endividamento

Como consequência da falta de recursos, a empresa não consegue pagar suas despesas e precisa pegar empréstimos para honrar suas dívidas.

Se o cliente apenas atrasar o pagamento, o prejuízo vai se limitar aos juros do empréstimo. 

Mas, se a empresa nunca receber o valor, a tendência é acumular dívidas. 

Perda de clientes

Obviamente, quando um cliente deixa de pagar pelo que comprou, ele não pode mais fazer negócios com a empresa enquanto estiver inadimplente.

Muitas vezes, a dívida é sinônimo da perda do cliente, principalmente se não houver um sistema de cobrança adequado que permita recuperá-lo.

Falta de controle sobre devedores

Também é muito comum que as pequenas empresas não controlem seus clientes inadimplentes como deveriam, reduzindo as chances de receber o pagamento.

Sem o acompanhamento e contato constante, é provável que a empresa nunca veja o dinheiro e ainda se perca na gestão financeira. 

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Falência

A falência é um risco real da inadimplência em pequenas empresas, principalmente quando o negócio depende de poucos clientes.

Quanto mais a sua empresa for dependente da adimplência de alguns consumidores, maior será a probabilidade de quebrar se eles não realizarem o pagamento.   

Como se preparar para a inadimplência

Para evitar os riscos da inadimplência em pequenas empresas, você precisa estar preparado para não receber pagamentos em algum momento.

Cedo ou tarde, isso vai acontecer, e o planejamento é sua única defesa contra os perigos do endividamento.

O primeiro passo é tomar todas as precauções em relação aos seus clientes, fazendo um cadastro completo e adotando políticas de crédito adequadas, além de evitar formas de pagamento arriscadas como cheques e boletos. 

Também é importante estabelecer penalidades para atrasos, como multas e juros, e definir um prazo limite para registrar o cliente nos órgãos de proteção ao crédito.

Além disso, é importante criar seus próprios parâmetros para a renegociação das dívidas, estruturando um processo de cobrança na empresa.

Se você já teve casos desse tipo no passado, também precisa calcular o grau de inadimplência do seu negócio. 

Para isso, basta somar os valores de todas as vendas realizadas e não recebidas nos últimos meses e dividir o resultado pelo total das vendas realizadas (incluindo as não recebidas). 

Por exemplo, se você identificou um prejuízo de R$ 10 mil e uma receita total de R$ 350 mil, é só calcular:

10.000 / 350.000 = 0,028 x 100 = taxa de inadimplência de 2,8 %

Obviamente, quanto mais próximo esse número estiver do zero, melhor.

Mas, ao ter uma porcentagem de referência, você pode prever o impacto da inadimplência no faturamento e se preparar para todos os cenários. 

Como controlar a inadimplência na pequena empresa

Para controlar a inadimplência em pequenas empresas, é fundamental ter uma gestão financeira eficiente.

Para acompanhar os números de perto, você precisa de uma solução digital como a Conta Azul, que mostra seu fluxo de caixa em tempo real e simplifica o controle das contas a pagar e a receber.

Plataformas como essa também oferecem funcionalidades como a gestão online de vendas e orçamento, acompanhamento de pedidos e integração bancária. 

Ao digitalizar sua gestão, você sabe exatamente quando os pagamentos entraram e quais precisam ser cobrados com urgência, além de tomar decisões inteligentes para manter sua saúde financeira. 

Sem uma ferramenta apropriada, o risco é perder seus pagamentos atrasados de vista e acabar no vermelho. 

Como cobrar os inadimplentes

Agora a questão que mais gera dúvidas entre os pequenos empreendedores: como cobrar os inadimplentes?

A negociação das dívidas pode ser um processo longo e complexo, e muitas empresas simplesmente não têm tempo e recursos para realizar as cobranças do jeito certo.

Felizmente, há soluções como a Monest, feita sob medida para recuperar seu crédito de forma simples e eficiente. 

A empresa oferece uma solução completa para recuperar seu dinheiro e trazer seu cliente de volta, focando no relacionamento e ações de cobrança personalizadas.

Tudo o que você tem que fazer é cadastrar seus devedores na plataforma e esperar pelos relatórios de propostas e acordos, acompanhando os valores recuperados no seu painel.

Assim, você não precisa se preocupar com a cobrança e garante a tranquilidade e segurança dos seus clientes durante a negociação.

Afinal, melhor do que reaver seu dinheiro é salvar o vínculo com o cliente e ter novas oportunidades de negócio.